Formato e cor das garrafas
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- Categoria: desmistificando
Vamos pensar um pouco mais na garrafa de vinho.
Em primeiro lugar, vamos analisar suas partes:
gargalo, por onde o vinho sai.
pescoço, caminho até o gargalo, cujo nome não precisa de explicações...
ombro, um nome também fácil de entender...
bojo, o corpo da garrafa em si.
repuxo, que merece muito mais detalhes. Para ler, clique aqui.
A origem dos diferentes formatos e cores está, na maioria das vezes, associada à lógica. Vinhos com menos sedimento, como os brancos, utilizavam garrafas com ombros baixos, pois não havia a necessidade de reter partículas. Para vinhos com maior acúmulo de resíduos, ombros altos. Vinhos produzidos com maior expectativa de guarda utilizam vidro mais escuro, para proteger o líquido da luminosidade. E assim por diante.
Então, vamos aos formatos mais comuns:
Bordeaux: Esse é o mais clássico. Acabou sendo utilizado também fora da Europa, principalmente para sinalizar que as uvas empregadas eram tipicamente bordalesas, como Cabernet Sauvignon e Merlot. Marcada pelos ombros altos para a retenção de resíduos acumulados ao longo do tempo.
Borgonha: Criada inicialmente para os vinhos tintos e brancos de Borgonha, e depois utilizada mundialmente para sinalizar vinhos produzidos com uvas típicas da Borgonha, como a Pinot Noir e a Chardonnay. Reparou nos ombros baixos?
Flauta alemã: Os vinhos alemães, e também os franceses da Alsácia, são comercializados em garrafas estreitas e alongadas, sem ombros, também chamadas alsacianas. Seguindo o exemplo, alguns produtores de vinho Riesling ou Gewürztraminer, de outros países, também usam este padrão.
Cantil: Tradicionalmente usada para o vinho alemão da região da Francônia, e para alguns vinhos de Portugal, como rosés e alguns Vinhos Verdes. Cada vez mais rara de ser vista, pelo formato abaloado, que a deixa mais difícil de armazenar.
Corset: Com o significado de corpete, em português, esse formato tradicional das garrafas de vinho rosé da região da Provença é raramente usado atualmente.
Fiasco: A garrafa coberta de palha, originalmente usada para os vinhos italianos da região de Chianti. Se quiser ler mais sobre ela, clique aqui.
Porto: Produzida em vidro grosso e projetada para envelhecer por longo tempo nas adegas, é o padrão mais usado para vinhos fortificados, em geral. Os ombros altos ajudam a retenção da borra do envelhecimento.
Champagne: Esta garrafa também é fabricada com vidro mais grosso, para suportar a pressão interna do vinho, e costuma ter um repuxo acentuado, para lhe dar mais resistência. Utilizada em espumantes do mundo inteiro, leva uma rolha específica. Para ler sobre a rolha dos espumantes, clique aqui.
Vinho não é tudo igual. Nem garrafa de vinho é tudo igual. Viva a diferença!
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